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Tradicionais

As armas do meu adufe

As armas do meu adufe é uma canção tradicional portuguesa de caráter regional cantada na região da Beira Baixa (Idanha-a-Nova) cuja temática é o trabalho e centra-se num instrumento tradicional da região tocado essencialmente por mulheres: o adufe.  

AUDIÇÃO

 

RITMO E MOVIMENTO

 

  • O professor diz o ritmo da canção enquanto se movimenta pelo espaço com as crianças (podendo fazê-lo utilizando as sílabas que considere mais confortáveis, mas nunca utilizando palavras).

  • O professor pode introduzir outros padrões rítmicos sem ser necessário a imitação por parte das crianças. Os padrões mais curtos são ideais para a iniciação da audição interior. Padrões mais longos e mais complexos deverão ser mais adequados para uma fase posterior de desenvolvimento musical.

  • O professor salienta os padrões rítmicos e características tímbricas do Cajon e do Bandolim.

Cajon
Bandolim

 

INTERPRETAÇÃO VOCAL

 

MELODIA

 

Aprendizagem da melodia da canção sem texto:

  • O professor canta a primeira frase melódica da canção (a) em sílaba neutra (ex: vi). As crianças repetem em eco;
  • O processo vai-se repetindo, respeitando-se a forma da canção (AB);
  • Canta-se a canção toda em sílaba neutra (primeiro a cappella e depois com a versão áudio – melodia e acompanhamento).
  • Através de um processo de imitação o professor canta a melodia com o texto e as crianças repetem.
  • Sugere-se que depois de todas as crianças saberem a canção, cantem mas desta vez fazendo um pequeno grupo para as partes AB e o grande grupo para as partes A’ e B’, em jeito de resposta.

 

CRIAÇÃO E ANÁLISE MUSICAL

 

TIMBRE

 

Atividade de criação musical, centrada no parâmetro Timbre, partindo de um motivo rítmico em tempo de divisão ternária: 

  • O professor executa vocalmente o motivo rítmico com sílaba neutra (ex.: ba)

 

 

  • As crianças escutam e reproduzem em eco;

  • De seguida o professor sugere às crianças que explorem o mesmo motivo noutras partes do corpo reproduzindo dois timbres diferentes, por exemplo: pernas/ palmas/ palmas; As crianças inventam e escolhem os timbres que preferiram para a realização do padrão rítmico.

  • O professor constitui dois grupos (um grupo de cantores e um grupo de percussionistas). Começa o grupo dos percussionistas em jeito de introdução reproduzindo o esquema rítmico. O grupo dos cantores entra após a introdução interpretando a canção. Depois invertem-se os grupos para que todas as crianças tenham a oportunidade de experimentar o canto e a percussão corporal.

  • De forma a proporcionar uma experiência rítmica utilizando timbres corporais diferentes, sugere-se que se acrescentem outros sons, por ex. estalos de dedos, bater o pé, entre outros.

                       

SABER MAIS

 

1. Outras interpretações da mesmo música

 

  • Ouvir a versão áudio – voz e acompanhamento e comparar com a interpretação de Teresa Salgueiro & Lusitania Ensemble
  • Identificar semelhanças e/ou diferenças a nível de instrumentos, tempo e forma.

 

2. Atividade de exploração e contextualização organológica do adufe beirão no âmbito disciplinar de Música/ Música nos Contextos

 

  • O professor proporciona o contacto direto dos alunos com um adufe beirão, permitindo-lhes a exploração sonora do instrumento.
  • Pode enriquecer a atividade mostrando-lhes as gravações audiovisuais sobre as cantadeiras e adufeiras beiroas (consultar a recolha do ano de 1971 de Giacometti no âmbito da série televisiva Povo que Canta, na qual se destaca a cantadeira e tecedeira Catarina Sargento (mais conhecida por Catarina Chitas), com a seguinte referência: Giacometti, Michel. Filmografia Completa. vol.2. Tradisom Produções Culturais, Lda.
  • Conversar sobre algumas características morfológicas e técnicas do instrumento, comparando com outro instrumento de pele, disponível na sala de aula.
  • Pesquisar e estudar sobre o adufe beirão. Selecionar informação, imagens, sonoridades e criar uma instalação sonora para exposição na escola.
Ficha da canção
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Pauta
Letra

As armas do meu adufe

 

As armas do meu adufe,

as armas do meu adufe,

São de pau de laranjeira,

são de pau de laranjeira.

 

Quem houver de tocar nele,

quem houver de tocar nele,

Há de ter a mão ligeira,

Há de ter a mão ligeira.

 

O Rosmaninhal se queixa,

o Rosmaninhal se queixa,

De não ter moças formosas,

de não ter moças formosas.

 

Subam lá acima a Idanha,

subam lá acima a Idanha,

Que até as silvas dão rosas,

que até as silvas dão rosas.

 
TAGS
Beira Baixa, Idanha, Adufe
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