A melodia está na tonalidade de Mi M e tem um âmbito de 8ª Perfeita [Si 2 – Si 3].
Na 1ª parte é constituída por notas repetidas e intervalos melódicos de 2ª (m e M) e 3ª menor. Na 2ª parte tem intervalos de 2ª (m e M), 3ª (m e M) e uma 4ª P e uma 5ª diminuta.
As duas partes começam e terminam na Tónica (Mi). A 1ª parte é inteiramente composta por três notas: o 1º grau (tónica de Mi M), e os graus superior e inferior (Fá# e Ré#, que é a Sensível de Mi Maior). A 2ª parte, apesar de oferecer uma maior variedade melódica, arpejando os acordes de Tónica e da Sensível (ou da 7ª da Dominante com a fundamental omitida), pode ser vista como uma versão mais elaborada da parte anterior, já que, não só a harmonia e o ritmo harmónico se mantêm, como a Tónica e a Sensível surgem nos mesmos tempos dos compassos.
Destaca-se nesta parte a utilização dos referidos arpejos do acorde de tónica, um arpejo Perfeito Maior (“cavalo só”) e da Sensível, um arpejo diminuto (“ou alazão”), e o intervalo de 5ª diminuta descendente, em “só meu”.
A melodia está escrita no compasso 2/4, binário de tempos de divisão binária.
É composta por duas partes A e B, apresentando a segunda uma variação rítmica, aquando da sua repetição (B’). O ritmo é silábico e quase exclusivamente escrito em colcheias e semínimas, destacando-se a célula rítmica, [colcheia duas semicolcheias], presente em todas as frases da canção, e a célula [colcheia pontuada semicolcheia], que aqui surge como uma transformação da célula anterior.
O andamento é moderado (Andante), sem variações.
Forma ternária (ABA).
A melodia divide-se em duas partes organizadas no esquema formal AA BB’ AA BB’ AA, funcionando a parte A como um refrão. A parte A é constituída por (aa’), a parte B por (bc) e a parte B’ por (bd).
O arranjo segue o plano formal seguinte: Introd. AA BB’ AA BB’ AA
O presente arranjo foi concebido para ser interpretado por voz acompanhada ao piano. Entretanto, na versão áudio aqui apresentada e interpretada pelo autor do arranjo, foram acrescentados outros instrumentos que julgou poderem enriquecer a sonoridade da canção.
Não quero,
não quero, não,
ser soldado nem capitão
Quero um cavalo só meu,
seja baio ou alazão,
sentir o vento na cara,
sentir a rédea na mão.
Não quero,
não quero, não,
ser soldado nem capitão
Não quero muito do mundo:
quero saber-lhe a razão,
sentir-me dono de mim,
ao resto dizer que não.
Não quero,
não quero, não,
ser soldado nem capitão