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Autor

Canção de Leonoreta

É uma canção de autor, portuguesa, com música de Manuela Encarnação e letra de Eugénio de Andrade, centrando-se na natureza (borboleta, rio e jacarandá) e tendo como personagem principal a Leonoreta.

 

Proposta para aprendizagem da canção

 

A aprendizagem da canção poderá ser feita por imitação, uma técnica de aprendizagem muito direta, e que exige que o aluno observe e ouça com atenção para então poder imitar. A sequência utilizada pode desenvolver-se de uma forma gradual (isto é, frase a frase), e por acumulação. Poderá começar-se com a aprendizagem do texto (que será feita mais lentamente, verso a verso), seguindo-se o ritmo com a melodia (que serão já feitas frase a frase), seguindo o exemplo:

 

Aprendizagem do texto (verso a verso):

  1. O professor diz o primeiro verso: “Borboleta, borboleta”, e os alunos repetem-no, seguindo-se o 2º verso “Flor do ar”. Nesta fase não se deverá obedecer ao ritmo do texto.
  2. O professor junta estes dois versos, e os alunos repetem-nos. Quando se juntam os dois versos o professor deverá fazer entoações diferentes, para que os alunos repitam várias vezes a mesma frase (frase A) mas de uma forma que não se torne monótona (por exemplo repetir as frases de uma forma triste, alegre, a chorar, a rir, a gozar, de uma forma tímida, etc.).
  3. Assim que esteja interiorizado o texto da frase A passa-se então para a aprendizagem da frase A’, seguindo o mesmo método, e no fim juntam-se as duas frases.
  4. A aprendizagem da frase BB’ bem como a última frase A’ faz-se logo de seguida, adotando a mesma metodologia.

 

Aprendizagem do ritmo e melodia (frase a frase):

  1. O professor coloca na frase A (“Borboleta, borboleta, flor do ar”) o ritmo e melodia correspondente, e os alunos repetem-no até estarem relativamente seguros, seguindo-se o mesmo para a frase A’ (“onde vais, que me não levas? Onde vais tu Leonoreta?”)
  2. Juntam-se as frases A e A’, já finalizadas.
  3. Inicia-se a aprendizagem da frase B e B’ seguindo a mesma metodologia, bem como da última frase.
  4. Canta-se a totalidade da canção as vezes que forem necessárias até se ultrapassarem as dificuldades, podendo utilizar palmas para marcar a pulsação ou o ritmo, podendo associar-se gestos à letra, etc., tendo o cuidado em flexibilizar as estratégias para manter o nível de entusiasmo da turma.

 

É importante que este processo seja relativamente rápido e dinâmico (adaptado às características do grupo, naturalmente) isto é, que haja alguma preocupação em evitar momentos prolongados de quebra, pois isso pode levar a uma desmotivação e perda de concentração do grupo, dificultando a aprendizagem.

 

Esta forma de aprendizagem poderá ser utilizada para outras canções, adaptando-se às características de cada uma.

 

 

GÉNERO MUSICAL

 

Como  neste arranjo se utiliza  uma sonoridade de uma orquestra barroca poderá servir de mote para se desenvolver um trabalho acerca das orquestras.

Para isso, e depois de uma apresentação do professor sobre alguns tipos de orquestra, a turma poderá ser dividida em grupos, sendo que cada um aprofundará um tipo de orquestra: orquestra sinfónica, de jazz, Gamelão, de instrumental Orff, etc.

Esse trabalho deverá culminar com uma apresentação à turma ou uma exposição na escola, tendo em atenção que não deverá ser apenas escrito, mas deve conter imagens, informações áudio e audiovisuais, e eventualmente até alguns exemplos tocados pelos próprios alunos.

 

Seria muito interessante proporcionar às crianças a ida a um espetáculo com orquestra ao vivo.

 

TEXTO E RITMO

 

A turma será dividida em 6 grupos de 4 crianças (por exemplo), e cada grupo irá inventar uma história que terá como personagem principal uma menina chamada Leonoreta que andará a passear por vários locais.

O que distinguirá a história de cada grupo será o contexto em que esta se desenvolve, que poderá ser num rio, cidade, praia, pomar, jardim ou serra.

Para isso, as crianças deverão pensar e discutir em grupo os cenários possíveis, procurando descrever alguns aspetos sensoriais, nomeadamente os cheiros, a consistência de alguns materiais, os paladares e tentando em particular descrever os sons de cada espaço.

A forma como cada grupo conta a sua história (narrada, teatralizada, cantada, etc.), poderá ser ajustada à disciplina lecionada.

Entre cada um dos cenários apresentados pelos grupos irá passar a “Canção da Leonoreta”, mas cujo texto deverá ser modificado permanentemente, de forma a ajustar-se ao cenário vindouro.

Será importante que na história desenvolvida para cada habitat/cenário, haja um destaque para a respetiva vegetação que lhe é característica, conforme se pode verificar na ‘nova’ letra da canção.

A estrutura base da canção (AA’BB’A’) será mantida e tocada/cantada entre cada mudança de cenário, alterando-se apenas o texto nas partes B e B’, que passará a ser:

 

Letra 1

Vou ao rio e tenho pressa,

não te ponhas no caminho. 

Vou ver o jacarandá,

que já deve estar florido.

 

Letra 2

Vou à cidade e tenho pressa,

não te ponhas no caminho.

Vou ver um bonito lodão,

que já deve estar florido.

 

Letra 3

Vou à praia e tenho pressa,

não te ponhas no caminho.

Vou ver um pinheiro-manso,

que já deve estar florido.

 
Letra 4

Vou ao pomar e tenho pressa,

não te ponhas no caminho.

Vou ver uma laranjeira,

que já deve estar florida.

 

Letra 5

Vou ao jardim e tenho pressa,

não te ponhas no caminho.

Vou ver um só eucalipto,

que já deve estar florido.

 

Letra 6

Vou à serra e tenho pressa,

não te ponhas no caminho.

Vou ver um grande carvalho,

que já deve estar florido.

 

 

A apresentação da história poderá desenvolver-se seguindo a seguinte estrutura:

- Introdução, onde um narrador, por exemplo, transmite ao público tratar-se da história de uma menina chamada Leonoreta, que está a fazer uma viagem por Portugal, passando por diferentes locais e onde em cada um deles decorre uma ação.

- Passa a “Canção da Leonoreta” com a versão áudio melodia com acompanhamento disponibilizado, e canta-se com a letra 1.

- Inicia-se a representação do grupo cuja ação envolve um rio e um jacarandá, conforme a letra 1.

- Com a versão áudio melodia com acompanhamento “Canção da Leonoreta”, e canta-se a letra 2.

- Inicia-se a representação do grupo cuja ação envolve uma cidade e um lodão, conforme a letra 2.

- A sequência repete-se até se passarem os cenários propostos.

- No final, será apresentada uma conclusão da história.

 

Para além do trabalho em grupo, será importante trabalhar-se também em contexto de turma, de forma a garantir alguma coerência entre as várias histórias.

 

 

 

MELODIA E FORMA

           

Como aproximação à forma da canção, sugere-se uma atividade relacionada com movimento e ritmo corporal.

Para isso a turma deverá ser dividida em 2, sendo que todos os alunos do primeiro grupo cantam as frases AA’, seguindo-se a resposta do segundo grupo com as frases BB’, e finalizando novamente o primeiro grupo com a frase A’.

No final, podem trocar.

 

O mesmo diálogo poderá então repetir-se com os dois grupos mas utilizando o movimento e ritmo corporal, tendo como exemplo:

  1. Os grupos poderão caminhar pelo espaço enquanto cantam a canção. Podem estar sempre em movimento, ou então o grupo que canta pode parar na sua vez de cantar.
  2. Poderão de seguida fazer o mesmo, marcando a pulsação com os pés.
  3. E poderão também acrescentar o acompanhamento do ritmo da canção com palmas. Em substituição das palmas, poderão bater nas pernas ou em outras partes do corpo, ou então utilizar instrumentos de percussão.

 

 

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Ficha da canção
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Pauta
Letra

Canção de Leonoreta

 

Borboleta, borboleta,

flor do ar,

onde vais, que me não levas?

Onde vais tu Leonoreta?

 

Vou ao rio e tenho pressa,

não te ponhas no caminho.

Vou ver o jacarandá,

que já deve estar florido.

 

Leonoreta, Leonoreta,

que me não levas contigo.

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jacarandá, borboleta, rio, Eugénio de Andrade
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