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Autor

Canção da Mentira

Composição de Ana de Ataíde Magralhães sobre um poema de Luísa Ducla Soares. O texto e a canção fazem uso do improvável e do absurdo, transformando o imaginário das crianças de forma criativa e ousada, alargando os horizontes desse mesmo imaginário. 

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Voz e acomp.
Acompanhamento
Pauta
Análise musical da canção

 

Características melódicas


A melodia tem um âmbito de nona [Dó 3 – Ré 4]. É constituída por intervalos melódicos de 2ª (m e M), 3ª (m e M), 4ª e 5ª (P) e 7ª m.


Características rítmicas


A melodia está escrita em compasso 6/8 na primeira parte (A), e em compasso 2/4  na segunda e terceira frases (BC).
O ritmo é silábico, com uma estreita ligação com a prosódia do texto e quase exclusivamente escrito em colcheias.
O andamento divide-se entre Adagietto (Semínima=66), na primeira parte da canção, e Allegro (Semínima=112), nas segunda e terceira.

 

Forma

 

ABC

A canção desenvolve-se em torno de três frases e segue o plano formal seguinte:

Intro. | ABB' | Interl. | C | Interl. | A''B'' | Interl. | B''' | Interl. | C'' | Interl. | B'''' | Coda ||


Instrumentação

 

A canção é acompanhada por um trio de sopros, fagote, oboé e clarinete, e marimba, tocada a 4 mãos. 

 

 

 

 

Ficha técnica:

Gravado por Gilberto Costa e Carlos Gomes no Conservatório do Porto em Julho de 2019

Ficha da canção
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Pauta
Letra

Canção da Mentira

 

Foi numa serra nevada,

em Vila Franca de Xira,

que um lagarto me ensinou

esta canção da mentira.

 

Ia um rei a cavalo,

na sua pulga preferida,

em cada salto saltava

uma légua bem medida.

 

Encontrou uma princesa

que chiava de aflição

ao ver um gato com garfo

e faca a comer um cão.

 

Como era rei corajoso

puxou da espada de pau

pra fugir a sete pés

mas tropeçou num lacrau.

 

Passou por baixo da ponte

quando chegou junto ao rio.

Tanto apertava o calor

que ele tremia de frio.

 

Visitou uma cidade

que andava a fazer o pino,

onde as igrejas dançavam

equilibradas no sino.

 

Quando voltou ao castelo

no meio do olival

viu carapaus a voarem

e nuvens a chover sal.

 

Veio o pai abrir-lhe a porta

quando ele bateu - truz, truz!

Estava a mãe a nascer

do ovo duma avestruz.

 

Como um disco voador

colhia flores no jardim,

embarcaram todos três

e a história chegou ao fim!

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Luísa Ducla Soares, Ana Ataíde Magalhães
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