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Música antiga

Ay, linda amiga

Ay, linda amiga é uma canção de autor anónimo do século XVI de temática amorosa e melancólica.

Faz parte da polifonia profana da época do Renascimento.

É referenciada por alguns como fazendo parte do “Cancionero do Palácio”(Cancioneiro castelhano) e por outros como uma harmonização posterior, já no século XX, por Eduardo M. Torner (1888-1955) de uma melodia recolhida no “Libro de Música de Vihuela”de Luys Milan (Valência , 1535-36).

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Voz e acomp.
Acompanhamento
Melodia e acomp.
Pauta
Análise musical da canção

 

Características melódicas

 

A melodia está, neste arranjo, na tonalidade de fá menor (sem e com sensível) e tem um âmbito de 7ª menor [Si b 2 – Lá b 3]. Se em vez do repouso tonal que se sente pela cadência final da Coda, se considerasse o final da melodia [Fá - Mi b – Ré b – Dó], com repouso no Dó (finalis) a melodia estaria no modo de mi (Frígio).

É constituída por intervalos melódicos de 2ª (m e M), 3ª (m e M) e 4ª P e tem uma 6ª menor entre a primeira e a segunda frase.

 

Características rítmicas

 

A melodia está escrita no compasso 2/4, binário de tempos de divisão binária.

O ritmo é silábico e quase exclusivamente escrito em semínimas e colcheias. Tem semínimas pontuadas no final das frases que antecedem entradas em anacruse.

Os motivos rítmicos que iniciam cada frase são diferentes porque seguem o texto, conferindo, conjuntamente com a nota em que inicia, identidade e carácter distinto a cada um dos momentos da canção.

O andamento é moderado (Andante), sem variações. 

 

Forma

 

Forma ternária (ABA).

A melodia divide-se em duas partes com as durações de 8 compassos (A) e 12 compassos (B), sendo a parte A constituída por (aa) e a parte B por (bbcc’).

O conjunto ABA é cantado duas vezes, mantendo-se o texto da parte A e cantando-se uma nova estrofe na parte B.

 

Arranjo/Instrumentação

 

O arranjo segue o plano formal seguinte: Introd. ABA Interl. ABA Coda.

O arranjo afasta-se da estética renascentista, assumindo um ambiente mais denso nos timbres e sincopado nos ritmos, próximo do imaginário da música do norte de África conferido pela utilização do alaúde e percussões. A instrumentação inclui ainda guitarra e cordas, como suporte harmónico.

A canção é cantada duas vezes, antecedida por uma parte instrumental com frases improvisadas pelo alaúde (introdução e interlúdio).

Ficha da canção
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Pauta
Letra

Ay, linda amiga

 

Ay linda amiga que no vuelvo a verte

Cuerpo garrido que me lleva la muerte

 

No hay amor sin pena, pena sin dolor

Ni dolor tan agudo como el del amor

Ni dolor tan agudo como el del amor

 

Ay linda amiga que no vuelvo a verte

Cuerpo garrido que me lleva la muerte

 

Ay linda amiga que no vuelvo a verte

Cuerpo garrido que me lleva la muerte

 

Levanteme madre, al salir el sol

Fui por los campos verdes a buscar mi amor

Fui por los campos verdes a buscar mi amor

 

Ay linda amiga que no vuelvo a verte

Cuerpo garrido que me lleva la muerte

TAGS
amor, dor, corpo, cancioneiro
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