The Cantar Mais Glossary is organised alphabetically and its aim is to provide readers with a concise definition in each and every entry, for a quick, but clear, understanding of a large number of musical terms as well as other kinds of jargon typically associated with the wide range of artistic practices and performances proposed on our website, namely on the several songs pages to be more precise.
We have endeavoured to adapt and make each and every entry easy to grasp (or tumble to!), so that the whole glossary may serve as a handy tool for all users, whether or not they are musically trained, for instance; and of course, scientific validity has been kept, irrespective of our deliberate simplification here.
As often as not, our glossary team borrowed ‘a bit heavily’ from Michael Kennedy’s Oxford Dictionary of Music, (Lisbon, D. Quixote Publications, 1994), as well as Tomás Borba and Fernando Lopes Graças’ s Dictionary of Music I and II (2nd and 3rd editions - 3rd edition (Mário Figueirinhas Editor, 1996).
Figura rítmica que vale metade da Semibreve e por isso aparece representada por 1/2 na fração que indica o compasso. Logicamente, vale o dobro da Semínima (metade da Mínima).
Organização sonora que tem aceções diferentes consoante o contexto em que é utilizado.
Historicamente os modos chegaram-nos da Grécia Antiga, com tradução e transcrição latina, via Roma, e foram difundidos através do culto católico (Canto Gregoriano) e das práticas musicais medievas (modo de Ré ou dórico frequente nas melodias irlandesas; modo de mi ou frígio utilizado em melodias açorianas; etc.); estes modos são ditos antigos ou gregorianos.
No sistema tonal, que emergiu no Séc. XVII, e em que a maioria da música que ouvimos se insere, há apenas dois modos: o maior e o menor. Os modos antigos de Dó e o de Lá tomaram uma importância crescente, ao longo de séculos, servindo atualmente de modelos para os modos ditos maior e menor.
O termo modo (mode) também é por vezes usado como sinónimo de escala ou organização sonora. No século XX, por exemplo, começaram a utilizar-se escalas chamadas “modos de transposição limitada”.
A música modal, ainda hoje, é muito valorizada e nunca perdeu a sua importância como expressão forte na música tradicional de diversas culturas e noutros géneros, como o Jazz. Também passou por um grande reavivamento na música erudita, com os compositores de vertentes nacionalistas, nos séculos XIX e XX, e com os que se lhe seguiram, incluindo os compositores contemporâneos.
Estão no modo maior todas as tonalidade e escalas maiores. Estas resultam da transposição do Modo de Dó ou, em contexto tonal, da escala modelo do modo maior: a escala de Dó Maior. As escalas maiores, escalas diatónicas de sete notas cuja relação intervalar corresponde à das notas da escala de Dó Maior, foram sempre utilizadas na música tonal, com mais frequência do que as escalas menores, ou no modo menor.
De notar que os acordes de três sons construídos no I, IV e V graus de uma escala maior (graus funcionais) são classificados como acordes perfeitos maiores. São no entanto os graus modais (3º e 6º graus melódicos) que caracterizam o modo, por fazerem intervalos de 3ª Maior e 6ª Maior com a tónica (1º grau da escala).
Estão no modo menor todas as tonalidade e escalas menores. As escalas menores naturais resultam da transposição do Modo de Lá ou, em contexto tonal, da escala modelo do modo menor: a escala de Lá menor.
Modernamente, os músicos referem-se a três tipos de escalas menores: a referida escala menor natural (com características modais), a escala menor harmónica (idêntica à anterior mas com sensível, um sétimo grau subido, a meio tom da tónica) e a escala menor melódica (de menor importância por ter mais relevância teórica do que prática). Nas escalas menores, os graus modais (3º e 6º graus melódicos) que caracterizam o modo, fazem intervalos de 3ª menor e 6ª menor com a tónica (excepto na escala melódica ascendente).
De notar que os acordes de três sons construídos no I, IV e V graus de uma escala menor natural (graus funcionais) são classificados como acordes perfeitos menores. No entanto, a escala mais utilizada no modo menor é a menor harmónica que, por ter sensível (7º grau subido), tem um acorde perfeito maior no V grau (Dominante).
É um modo musical muito utilizado na música tonal, se bem que com menos frequência que o modo maior.
Mudança gradual de uma tonalidade para outra, no decurso de uma obra. Se uma secção de obra estiver numa tonalidade e a secção seguinte estiver numa nova tonalidade, sem um período de transição gradual, diz-se apenas que houve uma mudança de tonalidade e não uma modulação.